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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ALBERTO CAEIRO – O MESTRE INGÉNUO

        "Nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia avó. Morreu tuberculoso."
        Pessoa cria uma biografia para Caeiro que se encaixa com perfeição na sua poesia, como podemos observar nos 49 poemas da série O Guardador de Rebanhos. Segundo Pessoa, foram escritos na noite de 8 de Março de 1914, de um só fôlego, sem interrupções. Esse processo criativo espontâneo traduz exactamente a busca fundamental de Alberto Caeiro: completa  naturalidade.
       “Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
         Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
         Mas porque a amo, e amo-a por isso,
         Porque quem ama nunca sabe o que ama
         Nem por que ama, nem o que é amar...”

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